quarta-feira, 2 de maio de 2012

A DOR DA PERDA

Na vida existe momentos inevitáveis de se adiar! Um desses momentos é a morte, a morte é um processo natural difícil de aceitar, de lidar, de encarar... Algumas culturas celebram a morte de um ente querido com festas que duram por dias e dias, eles acreditam que a morte em si é apenas uma passagem em que o espirito deixa seu corpo físico para continuar sua jornada rumo a novos aprendizados, mas a maioria das nações ainda vê a morte como algo triste e sem sentido. Perder uma mãe, um pai, um irmão, marido, esposa ou um amigo querido não é fácil! A gente sofre, chora, pede respostas a Deus. E de imediato, mesmo que essas respostas estejam a nossa frente com certeza não iremos enxergar com clareza, pois estamos cegos pela dor latejante que nos dilacera o coração. Não é fácil aceitar que aquela pessoa que tanto amamos não estará mais em nosso convívio, ter a certeza que não poderemos mais trocar palavras, dar um abraço, ou ao menos ouvir suas palavras amigas nos faz cair em uma dor tão profunda que pensamos ser merecedores de algum castigo vindo de forças maiores... A verdade é que toda dor por mais dolorosa que seja, com o tempo se ameniza! Dizer que a saudade, irá cessar por completo é ilusão, não se esquece, não se estingue por mais tempo que passe, mas a gente aprende a conviver com aquele fio de angustia que se instala em nossa garganta toda vez que lembramos desse ente querido que se foi. Não sou um perito em como lidar com a dor da perda, não sou eu quem dirá a você como agir nesse momento tão intimo e particular, cada um reage de uma forma, alguns gritam, choram, se desesperam, outros se calam, se reprimem e sucumbem a dor. A pouco mais de um ano, perdi minha avó, e não foi simples para mim essa perda, mas com o passar dos meses vi que o melhor a se fazer era se agarrar aos bons momentos que vivi ao lado dela, me agarrar as boas lembranças de anos de convivência. É preciso aceitar a perda, não mascara-la, viver o luto. Pois é passando por todo esse processo, que adquirimos serenidade, força, e respostas para essa perda. É preciso viver o luto, não tente ser forte, e não diga que você não sofrera. Chore, grite se precisar, seja humano, mas saiba que um dia tudo isso ira acabar, tenha certeza que um dia você encontrará novamente essa pessoa e que terá ela em seus braços, que sentira o calor de um beijo dela queimar sua face com amor e carinho. Por isso enquanto essas feridas estiverem abertas é preciso trata-las com cuidado e atenção, é preciso passar por todo esse processo com maturidade e força, é preciso lamber as feridas para que não piorem com o passar do tempo. Não acredite que tudo acaba, que tudo tem seu fim. Ao invés disso se agarre a ideia de que se transforma, que tudo evolui, que tudo é passageiro e por fim faça tudo que estiver ao seu alcance para ser feliz, pois assim quem foi estará olhando para você de um lugar melhor com uma lagrima a descer pela face a rolar de encontro com um sorriso nos lábios por saber que você é um orgulho para ela...     FRANCISCO MANIÇOBA

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